sexta-feira, 9 de outubro de 2009

HISTÓRIA DE MICHELE OBAMA, DA ESCRAVIDÃO PARA A CASA BRANCA

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, soube nesta quinta-feira da história de alguns de seus antepassados por um artigo publicado pelo The New York Times, que revelou que ela descende de uma menina escrava da Carolina do Sul.
Na entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, classificou o relato como uma história fascinante que a primeira-dama adorou ler. Segundo Gibbs, Michelle Obama desconhecia boa parte dos detalhes da origem de sua família materna.
A história começou em 1850 quando um amo branco de uma plantação da Carolina do Sul, David Patterson, dividiu seus bens entre os três filhos em um testamento.
A filha Christianne e o genro, Henry Shields, receberam uma menina negra chamada Melvinia, de seis anos, avaliada em US$ 475.
Quando Patterson morreu dois anos depois, Melvinia foi viver com os Shields na Geórgia.
Aos 15 anos, em 1859, teve o primeiro filho, Dolphus, de pai branco desconhecido. Além de Dolphus, Melvinia teve outros três filhos, dois deles também mulatos. Um deles nasceu depois da abolição da escravatura.
As crianças levaram o sobrenome Shields, o que pode apontar tanto à paternidade como um costume da época, os escravos adotarem o sobrenome dos amos.
Dolphus Shields, um homem de pele tão clara que segundo seus contemporâneos parecia branco se casou com Alice Easley e em 1888 emigrou a Birmingham, no Alabama, onde abriu uma carpintaria.
Um de seus filhos, Robert Lee Shields, seria o bisavô de Michelle Obama.
Por sua vez, o filho Purnell Shields, avô da primeira-dama e pintor de profissão, optou por emigrar para Chicago em busca de novas oportunidades.
Purnell se transformaria no pai de Marian Robinson, a mãe de Michelle Obama.
O patriarca familiar, Dolphus, morreu em 1950, aos 91 anos, quando os tempos começavam a mudar.

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