quarta-feira, 4 de novembro de 2009

FAVELA.... by Waguinho BSL

Com certeza você já leu a frase a seguir; ´´ Antes senzala, hoje favela.``
Pois bem, hoje, dia 4 se comemora o dia da favela.
Favela que já foi senzala, favela que é marginalizada
Favela de maioria humilde, pobre e preta,
Gente que rala de sol a sol, dia a dia e mesmo assim é tratada como vilã.
Na favela e da favela sairam grandes talentos,
Na música, na bola e nas demais artes,
Como diz a música do Brown, é da lama que saem os diamantes...
Favela aonde o único órgão público atuante é a policia,
Vive em meio a guerra de facções com a milicia,
Tiros que matam vidas, familias e sonhos,
Na favela de gente que decide, aonde poucos são os que vivem do e no crime,
O perigo mora ali, tem bebida e cocaina pra todos os lados,
Não temos que ter vergonha de morar lá, afinal assim Deus quis.
Muita luta, força, energia, autoestima, verdade, honra, humildade, cumplicidade e porque não, malandragem para driblar as balas e caminhos perdidos da vida.
Antes senzala, berço de nossos ancestrais, lugar de choro, banzo e amargura
Hoje favela, local discriminado, alvejado por quem na verdade não a conhece,
Casas amontoadas, ruas de terra, guetos, valas e vielas.
Os capitães do mato a invade e deixam seu rastro de sangue e dor,
Julgam no geral, sem separação, causando indignação
Cheios de preconceitos e covardia, a favela teme, mas não respeita a policia.
Nesse dia 4 de Outubro, não temos o que comemorar e sim reivindicar,
Saude, empregos, educação, segurança, ações sociais e todas as demais.
A favela é um celeiro de grandes talentos e também de grandes tormentos,
Quando será a próxima morte ou o próximo tiro, eu não sei.
Mas sei que se cobra muito de quem não tem nada e nada de quem tem tudo.
Bom dia.
ARLINDO CRUZ - FAVELA
Favela, ô
Favela que me viu nascer
Eu abro o meu peito e canto o amor por você.
Favela, ô
Favela que me viu nascer
Só quem te conhece por dentro
Pode te entender.
O povo que sobe a ladeira
Ajuda a fazer mutirão
Divide a sobra da feira
E reparte o pão.
Como é que essa gente tão boa
É vista como marginal
Eu acho que a sociedade
Tá enxergando mal
Entendo esse mundo complexo
Favela é a minha raiz
Sem rumo, sem tino, sem nexo e ainda feliz.
Nem sempre a maldade humana
Está em quem porta um fuzil
Tem gente de terno e gravata matando o Brasil.

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